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1. |
VAI NÃO VAI
03:35
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Já o mês vai longo
Há dias que ando à nora
Falam as promessas
O que é bom ainda demora
O que é bom, demora
E eu p'ra aqui enrolado
Quando vai não vai
Fica o caldo entornado
O caldo entornado
Só levanta fervura
Pára, recomeça
Tem de vir quem empurra
Quem empurra leva
O fogo ao coração
Se aguentar da queda
Vai levantar do chão
Levantar do chão
Querer tudo p'ra agora
Falam as promessas
O que é bom ainda demora
Ou vai ou não vai
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2. |
PASTOR À PAISANA
04:01
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Posso, planto, ponho pouco a pouco
Puxo, penso, pedaço a pedaço
Um pastor à pesca de perdão
Pronto a procurar outro poente
Pula e põe-se a palpitar a monte
Promete pirraça e por ventura faz pressão
Prova de proeza e profissão
Pinta de quem prova perseguir a própria paz
Ponte entre presa e predador
Pois um pacto de palavra pode ser capaz
Pregar prego em pedra
Praga de todo o pregão
Pranto de quem prega
Parece palrar em vão
O portão aperta prega o padre
Penitencia é perda de pudor
Vira o bico ao prego se és pastor
Prato proibido é ponta por onde se pegue
Passa a pente fino e passa aos esses
Pia pianinho o pobre portador de preces
Precipício aponta para o poço
Porque pomba puxar pedra não é pêra doce
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3. |
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Sou adepta da cidade
Vou a jogo desde menina
Vivo ao dobro da metade
Com a azáfama da rotina
Conto stories ao minuto
E capricho no meu décor
Penso em dar um contributo
para a vida ser bem melhor
Ó repara nos milhares
Que se jogam na raspadinha
E na troca de olhares
Do chinês com a tua vizinha
Vou escrever o meu romance
Sem o android eu já nem te conto
Digo, “amor dá-me uma chance,
meu melhor entretém és tu”
Agora é que me eu maneio
É que me eu maneio
É que me eu rebolo
Nos braços do meu amor
Ai agora é que me eu consolo
Quero a cor dos arraiais
E a poesia de um cimbalino
Que figuram nos postais
Do turista e do peregrino
Viro a vida do avesso
Que ao jejum falta a caloria
Hoje sei amanhã eu esqueço
Faço da noite mais um dia
Cada qual na sua batalha
Entre ter e não ter
Se a memória não me falha
Não há bela sem senão
Há rumores no jornal
Está provado que há maus olhados
Quantos vão da capital
Porque tem os dias contados
Troco as voltas ao destino
P’ra ficar cá onde eu pertenço
Por mais pedras no caminho
É nas curvas que eu o convenço
Vou marcar um novo encontro
Dar um golpe no calendário
Que o romance já é outro
Pelas contas do meu rosário
Passa o tempo sem piedade
E a família que vai partir
Quando bater muita saudade
Põe a dar este souvenir
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4. |
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Meu pai, eu não sou daqui
Quis saber se o mar é fundo ai, ai, ai
Corri as quatro estações
Quase dei a volta ao mundo ai, ai, ai
Por toda a parte cantei
As saudades do futuro ai, ai, ai
Agora guardo as marés
Tenho aqui o que eu procuro ai, ai, ai
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5. |
MAÇÃZINHA (feat. Uxía)
04:41
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Maçãzinha, meu rebento
Onde vais com tanta pressa?
Anda aqui p'ra minha beira
Diz-me que algazarra é essa
Diz-me que algazarra é essa
Quem subiu à cerejeira
Tem cuidado maçãzinha
Há praí muita roseira
Há praí muita roseira
Também aprendi sozinha
Essa meninice tua
Já é voo de andorinha
Maçãzinha chega cá
Tenho ramos de agarrar
Acredita meu amor
Fico p'ra te ver dançar
Ó maçã da cor da lima,
Vai ser longa a travessia
Vê o mundo mais de cima
Estás em boa companhia
Estás em boa companhia
põe os olhos no que muda
És maçã tão miudinha
Hás de ser maçã graúda
Maçãzinha camoesa
Tens ao colo a flor da vida
Se te lanças ao silvado
Tu vais ser a destemida
Tu vais ser a destemida
Ao olhar de uma criança
Pensa que há de vir o dia
Maçãzinha da mudança
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6. |
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Ó que lindo par eu levo
Vai de cravo junto ao peito
O amor p’ra dar é tanto
E cada qual dá a seu jeito
Bate palmas, bate palmas
Meu amor dá cá a mão
Dá-me cá esses teus braços
Que eu dou-te o meu coração
P’ra gostar de quem eu gosto
O caminho é a direito
Pois não há amor igual
É como a flor do amor-perfeito
Trago na bandeira as cores
Que alegram esta rua
Qual é coisa, qual é ela
Que é tão minha como é tua?
- A liberdade!
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7. |
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8. |
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Fui à festa de Gostei
Não gostei da festa de Gostei
Fui à festa de Gostei
De cavalo à chuva como um rei
Fui à festa de Gostei
O que lá se conta só eu sei
Fui à festa de Gostei
Burro velho quer casar
Mas menina não há-de encontrar
Burro velho quer casar
Chega e toma conta do lugar
Burro velho quer casar
Deve achar que o levam ao altar
Burro velho quer casar
Chamas-me cara de pau
- Olha-me bem só p'ra ti
Língua como a de um lacrau
- Nem vou contar o que eu vi
Só p'ra quebrar o padrão
- Seja a última vez...
Dou eu agora o sermão
- é tradição, tu não vês!
Fui à festa de Gostei
Não gostei da festa de Gostei
Fui à festa de Gostei
Ai de quem quiser mudar a lei
Fui à festa de Gostei
P'ra me remendar o que eu passei
E afinal até gostei
Burro velho quer casar
Velho também tem direito ao par
Burro velho quer casar
O melhor remédio é arriscar
Burro velho quer casar
E a menina quer é namorar
E o provérbio vai ao ar
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9. |
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Diz-me, como vão as coisas lá na minha terra
Como está o verde dos pinhais da serra
Se os pássaros cantam ao entardecer
Diz-me, se o ribeiro ainda cintila ao passar
Se os peixes se vêem no rio e no mar
Se a água da fonte se pode beber
Diz-me
Não me digas que não é assim
Não me digas que a fonte secou
Que o ribeiro tão negro ficou
Nem os peixes lá podem viver
Não me digas que nada é assim
E que as aves fugiram dos ninhos
E nas silvas que há pelos caminhos
As amoras não vão mais nascer
Diz-me, como vão as coisas lá na minha aldeia
Se ainda se canta ao findar da ceia
Se ainda há histórias para ouvir contar
Diz-me, se há pelos muros lilazes florindo
Se ainda há o perfume das rosas abrindo
Se ainda há rebanhos no prado a pastar
Diz-me
Não me digas que não é assim
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10. |
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Rosa, Tirana
Que é da tua tirania?
Trai laró, laró, laró
Ó vida da minha vida,
Ó Rosa, Tirana!
Adeusinho regalar
Trai laró, laró, laró
Anda para a minha beira
Ó Rosa, Tirana,
Que eu vou para o teu lugar
Trai laró, laró, laró
Ó vida da minha vida
- que me leves algum dia
Ó Rosa, Tirana!
Eu que melhor vida eu quero?
Trai laró, laró, laró
Estou na minha liberdade,
Ó Rosa, Tirana.
Vou e venho quando quero
Trai laró, laró, laró
Ó vida da minha vida
Eu vou para o teu lugar
Vou e venho quando quero
Estou na minha liberdade
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11. |
VAI DE CENTRO AO CENTRO
05:36
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Esta roda está parada
À espera de haver quem mande
Pois agora mando eu
Siga a roda p'ra diante
Vai de centro ao centro ao centro
Vai de centro ao centro ao meio
Agora que eu vou andar
Com o meu amor em passeio
Com o meu amor em passeio
Com o meu bem a passear
Vai de centro ao centro ao meio
Agora é que eu vou andar
Quando tiro os pés do chão
Viro a roda e vou ao ar
Mais um salto e ganho penas
Estou onde eu quiser chegar
Tenho sempre os pés na terra
E nos olhos tenho o mar
Se esta terra der rebentos
É porque eu planto a cantar
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12. |
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Esta roda está parada
À falta de mandador
Siga a roda p'ra diante
Quem vai cantar é meu amor
Ó i ó ai, meu bem
Ó i ó ai, meu bem
Ó que lindo par eu trago
aqui à minha direita
ó que linda rosa aberta
ó que lindo cheira deita
Certo
Não se enganem
Direita uma
Esquerda e passa
Dou bons dias
Dou boas tardes
E mais uns apertos de mão
Passou bem
Até um dia
A azeitona galeguinha
Que o rouxinol namora
Apanha-a e leva no bico
Bate asas e vai-se embora
Certo
Não se enganem
Direita uma
Esquerda e passa
Ó i ó ai, meu bem
Ó i ó ai, meu bem
Não te encostes à barreira
Que a barreira deita pó
Encosta-te ao meu travesseiro
Sou solteiro, durmo só
Certo
Não se enganem
Direita uma
Esquerda e passa
São depois dois passos para cada lado
E ninguém mais se enganou!
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